Celebrado no último sábado, 8 de março, o Dia Internacional da Mulher nos traz, mais do que um momento de comemoração, a importância de todas as mulheres para a sociedade, uma oportunidade de reflexão, diante de tantos casos de violência que surgem dia após dia contra a população feminina.

Ao longo da última semana, o Brasil inteiro acompanhou as notícias sobre o brutal assassinato da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, em Cajamar, município da região metropolitana de São Paulo. A polícia ainda investiga quem seriam os autores do crime e suas motivações, sendo um ex-namorado o principal suspeito. Ainda no final da semana passada, Priscila Amaral Oliveira Rodrigues, de 29 anos e dona de uma loja em São Bernardo do Campo, foi outra vítima de violência, sendo assassinada com três tiros em seu estabelecimento. O autor dos disparos segue foragido. Esses são apenas dois exemplos dos muitos que acontecem (basta acessar qualquer grande portal do Brasil para se deparar com duas ou três notícias sobre casos semelhantes) diariamente no país.

E a situação se prova ainda mais grave quando vemos uma pesquisa, divulgada pelo Fórum de Segurança Pública e do Instituto Datafolha, destacar o crescimento nos crimes contra a mulher e também apontar que quase 70% destes ataques são realizados pelos companheiros ou ex-companheiros das vítimas.

É necessário que o debate sobre os crimes contra as mulheres seja ampliado em toda a sociedade, principalmente buscando atingir quem realmente pode tomar ações que resultem na diminuição da incidência destes delitos, seja com a adoção de medidas punitivas para os agressores e educativas para que os homens não reproduzam tais violências, seja com a criação de programas e projetos que auxiliem as vítimas, pois essa situação já está mais do que insustentável há bastante tempo.